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Foto do escritorLuís Peazê

Tendências do setor Viagens e Turismo para 2023 segundo especialistas.


oPONTO NEWS ouviu com exclusividade de um economista, português de renome, ex-sócio da PwC, o que a maioria de nós já sabia: o horizonte das economias na Europa, América e Ásia-Pacífico a curto e médio prazos anunciam continuidade de turbulência. Sim, ainda repercussão da pandemia e mais recentemente, mas nem tanto, do conflito aparentemente só entre a Rússia e a Ucrânia, pois como se sabe a fonte dos bombardeios mútuos passa por baixo do mar via Nord Stream e a bordo da crise que afeta o mundo todo estão os alemães, ingleses, americanos, franceses e os poderosos do Oriente Médio (opinião de oPONTO NEWS). E esta previsão agourenta inclui a indústria do turismo, ainda que esta tenha, em muitos pontos do globo, reagido com certa alegria para os fornecedores de produtos de viagens e experiências turísticas, após a liberação para o convívio social sem restrições severas.


Sem esgotar as fontes de informação e dados, a OTA Insight, para muitos um líder global no fornecimento de inteligência de dados para o setor hoteleiro, não promete tranquilidade. E sua análise publicada em duas etapas, a primeira frase é irônica: “Se você esperava certezas em 2023, após os dois anos turbulentos no setor de viagens e hospitalidade, ficará desapontado…”


Em suma, e isso não é surpresa para nenhum tomador de decisão em qualquer empresa, há riscos de recessão, inflação contínua, efeitos ainda prolongados da COVID-19 e geopolítica mais “complexa”. Na visão deste redator, desumana. O indicador inflação de 2022 ainda sentido neste início de 2023, por exemplo, atinge patamares não vistos há 30 anos, na maioria das principais economias desenvolvidas. Somente o exemplo de Portugal, para se ter uma idéia, este depende de mais de 15% de suas exportações para a Alemanha e importa dos alemães quase 14% do que precisa, sendo que a Alemanha está entrando na “fast lane” das panes económicas afetando severamente vários setores internos das indústrias, e sem horizonte claro e arco-íris em relação as suas divergências com a Rússia. Portanto, sendo a economia mais forte da Europa, toda a Europa de um jeito ou de outro sente o impacto como Portugal. Nem mesmo o Reino Unido que abandonou o barco recentemente, está lá do outro lado do Canal da Mancha sentindo tudo igual.


A fomentar a tempestade perfeita em que nos encontramos, gravitam os anunciados, mas ignorados por décadas, os custos crescentes das energias, impactando duramente na cadeia de suprimento e logística, os reflexos da problemática do clima e suas consequências na agroindústria…

No topo destas más notícias ainda surgem as bolhas de demissões massivas nas grandes empresas do meio digital, i.e. Microsoft, Twitter, Google, Amazon entre outras, cada uma a promover dezenas de milhares de demissões.





Apesar disso, para você que vai viajar, tudo bem. Aproveite.


Apesar disso tudo, é surpreendentemente positivo para o consumidor e a indústria de viagens. E a boa notícia é que os consumidores passaram a dar valor a “experiências”, após o fim das restrições pandêmicas. Não é mais uma tendência apenas viajar, conhecer novos lugares. Um novo consumidor descobriu que “experimentar” é mais enriquecedor, gratificante.


Daí, oPONTO TRAVEL lista três tendências para os fornecedores de viagens e turismo explorarem em 2023:


- O consumidor low budget, independentemente da faixa etária, na maioria tenderá a aceitar ofertas de "experiências" combinadas; recomenda-se manter uma carta de opções, um menu de pratos variados para as diferentes “refeições turísticas”, explorando os gostos por “natureza”, conforto versus preço e serviço e, substancialmente tentar a oferta “problem free”. Quem garantir uma “experiência sem problemas de atrasos, recuperação de bagagens extraviadas, seguros, etc ganhará o cliente de volta na próxima temporada;


- o MICE está de volta. Viagens para “Meeting, Incentive Travel, Conferences and Exhibitions” retornaram, ainda que o hábito de webinar, zoom, conference call, e toda a sorte de trabalhos remotos em equipe entraram definitivamente para a paisagem corporativa. Mas atenção, este público também está infectado pelo desejo de “experiência”, neste caso vai ganhar quem oferecer os melhores serviços para oportunizar condições de trabalho e networking;


- Produtos high-end / hotéis de luxo e, da mesma forma, experiências exclusivas com “tapete vermelho” são uma tendência forte. Detalhe para a oferta de “discrição” e tudo impecavelmente à mão. O target para esses produtos quer discrição máxima, exclusividade e serviços impecáveis.


Estes são os principais tópicos para 2023, na verdade, para a indústria de turismo como um todo. De resto, espera-se que as Cias Aéreas low cost não vendam água no deserto ao entregarem um copo com areia; que os hotéis, albergues, Airbnb´s e alojamentos voltem seus esforços para o "customer service oriented" idem para a logística de terra com melhorias e, que todo o lobby do turismo e hospitalidade ataque em bloco coordenado o "sistema financeiro e de (re)seguros", pois grande parte do esforço para combater revezes da economia vem produzindo "income" real para estes players, injustamente.



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