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Foto do escritorLuís Peazê

Migrante queniano no Qatar denuncia vida precária de trabalhadores para a Copa do Mundo da FIFA

Malcolm Bidali, queniano que trabalhou como segurança no Qatar, denunciou as condições de vida precárias, foi preso e se tornou ativista - Divulgação / Amnistia Internacional Noruega

Migrante que trabalhou como segurança no Qatar, denunciou as condições de vida precárias, foi preso e se tornou ativista, crê que jogadores do Brasil podem levantar a voz na Copa do Mundo

“Migrante que denunciou abusos no Qatar pede ajuda: 'Seleção pode mudar nossa história'”, 14 de janeiro de 2022 Malcolm Bidali foi ao Qatar sonhando com um bom emprego e prosperidade. Como os mais de 2 milhões de migrantes que, estima-se, trabalham no país-sede da próxima Copa do Mundo.

Nem tudo correu de acordo com o esperado pelo queniano, submetido a condições muito ruins de trabalho e moradia. Quando estava a serviço da empresa de segurança GSS Certis, ele chegou a viver em uma casa com 54 pessoas, já durante a pandemia de Covid-19.

A história de Bidali não chega a ser uma exceção, e ele decidiu se tornar um ativista, cobrando melhores condições no país. Suas denúncias o levaram à prisão, onde relata ter sofrido tortura psicológica.

De volta a seu país amparado por ONGs, o queniano de 29 anos agora pede que os atletas do Mundial de 2022 levantem a voz em apoio aos trabalhadores do Qatar.

O hotel que deverá abrigar a seleção brasileira na Copa chegou a contratar os serviços da GSS Certis. E Bidali, sem as melhores recordações da companhia, faz um apelo aos que se hospedarão no Westin Doha no fim do ano: "Vocês podem mudar nossa história".

A dona do Westin Doha diz não ter mais contrato com a GSS Certis, que, por sua vez, não respondeu à procura da reportagem. Também foram procuradas a embaixada do Qatar, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e todas as empresas citadas no depoimento a seguir, mas não houve resposta...



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